Macetes de Mãe

7 coisas muito sujas que seu filho tem contato direto

Eu não sou a maníaca da higiene e da limpeza, mas é claro que me preocupo com a saúde e bem estar dos pequenos. Por isso, sempre estou de olho em coisas que possam esconder perigos ocultos. Ou seja, aquele móvel, objeto, cantinho, situação que, sem a gente imaginar, é uma bela porta de entrada para o contato das crianças com vírus, bactérias ou seu eu mais o quê.

Sim, porque tem coisas que a gente nem imagina que escondem muita, muita sujeira, ou então microorganismos que podem vir a causar um baita estrago na saúde dos pequenos.

E por isso, resolvi fazer o post de hoje, com uma listinha das 7 coisas mais sujas que a gente tem dentro de casa e que, muitas vezes, nem imaginamos que sejam tão perigosas para a saúde de toda a família (lembrando que o perigo é maior para bebês, já que as defesas deles não estão bem formadas ainda. Quando se trata de crianças maiores, o sistema imunológico está mais forte e aí, os riscos são bem menores).

Fique de olho. Algumas coisas aposto que você já tinha imaginado que eram bem “porquinhas”, mas outras serão uma verdadeira surpresa.

Photo Credit: MTSOfan Flickr via Compfight cc

 

1 – Tapete de casa

Quem tem filho pequeno sabe que as crianças adoram um tapete (mais macio, mais quentinho). Além de que, a gente sempre está incentivando-os a brincarem em cima dos tapetes em vez de direto no chão (até por uma questão de segurança, no caso de uma eventual queda). Só que, você já parou para pensar que é neste mesmo tapete que pisamos com o calçado que chegamos da rua e até o animal de estimação também rola nele? É, acho que o tapete não é tão seguro assim, afinal o item pode ter cerca de 4 mil vezes mais bactérias do que um assento de banheiro, se por acaso não for limpo com bastante frequência (o indicado é uma vez por semana!!!).

Para higienizar o tapete em uma lavagem a seco, feita em casa, a dica é misturar porções iguais de bicarbonato de sódio e amido de milho. Elas agem sugando a sujeira das fibras. Se você não gostar de aroma coloque junto folhas secas de canela, lavanda ou cravo. Depois de passar a mistura no tapete, deixe agir por 30 minutos e então passe o aspirador de pó.

Agora se o tapete for de EVA (e esses também devem ser higienizados) o melhor é lavar. Use sabão em pó neutro com água (cerca de 50g de sabão para 2 litros de água e esfregue no tapete). Por fim, repasse na água e deixe secar ao sol.

Aqui em casa não temos tapetes em nenhum cômodo. Só temos os tapetes dos meninos (dois), que são de material totalmente impermeável e cuja limpeza é feita quase que diariamente com um pano úmido e com algum produto de limpeza (sabão de cocô, álcool,…). Os modelos que temos são esses abaixo. Um deles é de PVC (Deixo na brinquedoteca e eu acho ele de melhor qualidade e mais confortável também. Mas é mais caro.) e o outro de PE (Uso na sala ou na área externa da casa, pois dá para dobrar e guardar. A qualidade dele é inferior):

Tapete de PVC: emborrachado, mais resistente, mais macio e de melhor qualidade. As desvantagens é que é pesado e não dobra.
Tapete de PE: ele é plastificado em vez de ser emborrachado. Ele é mais fininho e também menos resistente. Mesmo assim, já tenho há quase 5 anos e está em um estado quase perfeito.

Ambos os tapetes são da Daskom, caso alguém queira procurar.

>>> Confira também: dicas de decoração e limpeza para quarto de crianças alérgicas.

2 – Cadeirinhas da criança

Aqui a lista é bem ampla e inclui a cadeirinha do carro, o cadeirão e o bebê conforto. Como usamos esses acessórios todos os dias, é resto de comida que cai, sapato sujo que encosta no estofado e por aí vai só aumentando as chances da proliferação de vírus e bactérias. O ideal é limpar as cadeirinhas toda semana ou logo que sujar (as do carro, pois as de alimentação devem ser limpadas diariamente). Para a limpeza, retire tudo que for de tecido e coloque na máquina, no ciclo delicado com sabão de coco ou sabão específico para roupas de bebê. (Veja também: Cadeirinha do carro pode ter mais germes que banheiro)

Quanto às outras partes, faça uma mistura de 10 a 15 gotas de detergente neutro em um litro de água e passe no acessório ou, se preferir, use sabão neutro. Se quiser, também pode substituir o detergente por vinagre branco. Para finalizar, retire o excesso da mistura com um pano limpo e, depois, coloque duas colheres de sopa de água sanitária em um litro de água e passe novamente.

 

3 – Botão do elevador

Qual criança resiste a apertar o botão do elevador? Elas adoram fazer isso. Só que além da sua família, o vizinho e o morador dos demais andares também apertaram o mesmo botão e não dá pra saber quem lavou ou não a mão. Aqui entra uma nova comparação com o banheiro (o único vilão antigamente). O contato com o botão do elevador pode ter 40 vezes mais bactérias que o banheiro.

O melhor é evitar que elas apertem o botão, mas, caso não seja possível, o ideal é lavar as mãos assim que chegar a casa. Se vocês estiverem de saída, pode usar álcool gel, mas lavar as mãos com água e sabão é sempre mais eficiente, ok?

 

4 – Interruptores de luz

Na mesma ideia do botão do elevador encaixam-se também os interruptores de luz – e esses não só os públicos, os de casa também. O interruptor absorve toda a pele solta e pode ter 217 bactérias por cm² (credo!). Se o seu filho já alcança o interruptor (ele deve achar engraçado ficar no acende e apaga da luz) dê uma atenção especial à limpeza. Um pano úmido com sabão já é o suficiente para higienizar.

 

5 – Celular/tablet/computador/controle remoto

Quase ninguém consegue viver sem esses itens, até mesmo as crianças. Só que dificilmente alguém lembra que eles podem esconder muitos germes e bactérias. Isso porque você pega no celular várias vezes ao dia e nem sempre está com as mãos limpas. Ou então coloca-o em locais nada higiênicos (já pensou como pode ser suja a sua bolsa por dentro?). E como criança tem o costume de colocar tudo na boca, já viu, né?

Passar só a flanela elimina a sujeira aparente, mas os germes continuam lá. Contra esses vilões o correto é fazer uma solução de água destilada com álcool isopropílico ou ácido acético, encontrado no vinagre, e passar com um paninho ou passar só com álcool isopropílico, se preferir.

 

6 – Mochilas e lancheiras

Elas também não estão imunes. O contato direto no chão, os restos de comida e tudo o mais é motivo para bactérias. Geralmente, até passamos um paninho diário na lancheira, mas é preciso fazer uma limpeza mais a fundo. Como nem sempre dá para lavar, porque algumas mochilas têm papelão que sustentam a estrutura, use aquela mesma mistura de limpar as cadeirinhas (vinagre ou detergente neutro) para eles. Dá para aproveitar e limpar tudo no mesmo dia.

Já as lancheiras, vale uma limpeza mais “profunda” uma vez por semana. E aí quero dizer mergulhar na água com sabão mesmo e depois deixar limpar ao sol.

 

7 – Cadeirinha do carrinho de supermercado

Outro dia fiz um post em que contava o depoimento de uma mãe, da Austrália, que alertava sobre a falta de higiene dessas cadeirinhas de carrinho de supermercado. O bebê dela, de apenas 10 meses, tinha sido contaminado por salmonela, rotavírus, adenovírus e meningite só por ficar um tempo na cadeirinha. Mas como todo alerta nunca é demais, então resolvi colocar o item também nesta lista.

A minha dica é realmente não usar esse tipo de assento. Prefira levar a criança no sling, canguru ou no próprio carrinho. Agora, caso não tenha escolha, limpe a cadeirinha com álcool gel e cubra o assento com uma capa ou uma manta (que depois deve ser lavada).   

Com essas medidas simples, porém bastante eficazes, já dá para evitar muita contaminação por vírus e bactérias e preservar a saúde das crianças.

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