Assim que um baby vem ao mundo, junto com ele nasce um séquito de gente querendo curtir, ajudar, dar uma força, um empurrãozinho (às vezes precipício abaixo) e aí, todo esse excesso de boas intenções e zelo acaba virando, na bem da verdade, o calvário de muitas mães.Sei porque eu, ou amigas bem próximas, vivemos na pele um pouco ou muito disso que está embaixo. E posso garantir: muitas ainda viverão.
Então, pensando nas mamães que passarão pela experiência de colocar no mundo um serzinho querido e especial, resolvi fazer o post de hoje. Ele é para ser compartilhado (assim como quem não quer nada ou quer muita coisa) e usado para dar o recado, coisa que muitas vezes não temos coragem de fazer (então é mais fácil usar a voz de outra pessoa, a qual não irá sofrer as consequências do que está dizendo e nem se importar se a sua sogra ou tia ficar de cara virada porque não gostou do que leu).
Enfim, para o seu bem, para o bem da família e para o bem geral da nação, use e abuse desse post. Faça com que ele chegue, de forma bem humorada e educada, aos olhos de quem tem que chegar, porque senão, minha cara amiga, eu garanto que o recado será dado, mais dia ou menos dia, mas de uma forma bem mais direta e menos divertida (Ah, isso eu garanto! Porque paciência, minha gente, tem limite!)
Espero que curtam a listinha! E espero ainda mais que nenhum amigo, familiar ou pessoa próxima resolva amarrar o meu nome dentro da boca do sapo.
As 50 coisas que você não deve fazer, falar ou perguntar para uma recém-mãe:
- Fazer qualquer piadinha infame dizendo que há outro bebê dentro da barriga
- Criticar a escolha do parto
- Perguntar se o leite já desceu
- Perguntar se o bebê mama no peito ou se mama bem (algumas mães tem dificuldades nessa “área” e sofrem com esse tipo de pergunta)
- Tentar insistentemente ensinar a mãe a amamentar (ofereça ajuda, mas não insista se você sentir que ela não foi bem vinda)
- Falar que não existe leite fraco (até parece que somos ignorantes!)
- Ou, pior ainda, falar que existe e atestar a sua ignorância
- Falar que você mesma teve rios de leite e contar milhares de histórias que ilustram isso
- Querer enfiar guela abaixo alimentos que supostamente aumentam a produção de leite (sai pra lá com a canjica! Peloamor!!!)
- Mandar a mãe dar mamadeira logo
- Criticar a mãe que teve que dar a mamadeira logo
- Perguntar por que o bebê está chorando (e seguir repetindo essa pergunta toda vez que o bebê abrir a boca)
- Sequer pensar, supor, imaginar, sugerir que o choro possa ser fome (nunca, nunca, nunca, nunca!!!)
- Fazer qualquer comentário sobre o peso do bebê
- Visitar a mãe em casa no primeiro mês de vida do bebê (salvo se você for alguém MUITO íntimo ou tenha sido convidado)
- Aparecer sem avisar (mesmo sendo muuuuuito íntimo)
- Questionar porque a mamãe não quer receber visitas até o bebê completar um mês (você só irá questionar isso se não teve filhos, mas é sempre bom lembrar)
- Fazer visitas longas, de horas, mais longas que discurso do Fidel (bem mais curtas que o discurso também serão longas suficiente para a mãe)
- Perguntar por que a geladeira está vazia e a casa abandonada (olha que ela vai e mandar você fazer o mercado e pegar a vassoura! Ah, vai!)
- Ligar a toda hora para saber como estão as coisas (a não ser que queira que a mãe tire o telefone do gancho no segundo dia ou então jogue o celular na privada)
- Fazer qualquer coisa escondida da mãe: dar mamadeira, chupeta, chá (passível de morte, por justa causa)
- Se oferecer insistentemente para dar banho, fazer o bebê dormir, fazer o bebê arrotar ou fazer qualquer outra coisa com o bebê (lembre-se, ofereça ajuda uma vez, se a mãe rosnar, não responder ou falar não, não insista)
- Tirar o bebê da mãe quando ele começar a chorar (tem horas que até é bom, mas é difícil acertar quando, né? Então, na dúvida, não arrisque)
- Falar aquela chatíssima frase: “no meu tempo…” (Deus, eu tinha vontade de voar na jugular quando ouvia!)
- Ficar repetindo que o bebê é a cara do pai (eu nunca me importei, mas garanto que tem gente que detesta)
- Questionar as decisões da mãe (nunca, jamais, jamé, nem nos seus mais remotos sonhos)
- Fazer qualquer comentário que dê a entender que você sabe mais (a não ser que você esteja munida de um escudo ou vestindo um colete a prova de balas)
- Questionar quando a mãe voltará a trabalhar
- Olhar com cara feia quando ela falar que voltará no fim da licença
- Olhar com cara feia quando ela falar que não voltará (dica: treine cara de paisagem em casa para qualquer uma das respostas)
- Sequer cogitar, sugerir ou insinuar que ela precisa de ajuda (ela pode pensar isso, você não pode falar jamais. É tipo falar mal da mãe da gente, só quem pode somos nós mesmas)
- Fazer comentários sobre a sua aparência (a não ser que sejam positivos e sinceros)
- Fazer comentários sobre o seu peso (aqui, qualquer um é perigoso)
- Perguntar se a mãe já voltou a usar as antigas roupas
- Lembrá-la, a todo tempo, que ela não deve esquecer do marido (talvez ela venha a perguntar para você quem é que responde pelo nome de “marido”)
- Perguntar quando ela pretende voltar a usar maquiagem e cosméticos
- Questionar as orientações do pediatra
- Falar que você tirou de letra a maternidade (alguém perguntou?)
- Falar que seu filho dormiu a noite toda desde o segundo mês de vida (alguém perguntou? parte 2)
- Perguntar se ela pretende ter mais filhos e soltar um “Nossa!” quando ouvir qualquer uma das respostas
- Criticá-la caso ela tenha optado por dar ou não dar a chupeta (sob risco dela meter uma chupeta na sua boca para você parar de falar )
- Ficar perguntando: Será que o bebê não está com calor? Será que o bebê não está com frio? (sob o risco de você ouvir um: “será que não está na hora de você ir embora?”)
- Perguntar por que o bebê não dorme (sob o risco de você ouvir um “por que você não vai dormir?”)
- Ficar repetindo sem parar que com “três meses passa” nos momentos que a mãe estiver realmente desesperada e querendo que passe tudo no minuto seguinte
- Ficar repetindo: “faz assim, faz assado, faz assim, faz assado”
- Soltar qualquer tipo de indireta
- Falar que os livros que ela leu não serviram para nada
- Perguntar por que ela está chorando (sim, ela vai chorar e talvez na sua frente!)
- Perguntar se ela não acha que está com depressão pós-parto
- E, por fim, para matar: perguntar se ela tem certeza de que leva jeito para a coisa (bom, aí você merece ser jogado(a) da janela do apartamento)
- TIVE QUE INCLUIR O ITEM 51, pois depois de fazer a postagem lembrei de uma que eu vivia ouvindo e ODIAVA MAIS QUE TUDO NA VIDA: “o bebê tem cólica porque você é nervosa”. Ah vá se catar! Guarde sua opinião para você.
Dicas para quem vai visitar um recém nascido