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5 Dicas para a hora das refeições não virar a hora do pesadelo

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Se tem uma coisa que muitas mães tem verdadeiro horror, pavor, pânico (!!), que sentem calafrios só de lembrar como foi (ou como está sendo) é a hora das refeições. Sim, não é pouco o que eu vejo de reclamação e pedido de ajuda para esse momento tão delicado.

Tem criança que é boa de garfo. Não precisa nem pedir que já traça tudo. Já outras, é um sabalelê pra fazecumê. Posso dizer que o Léo está no meio do caminho, nem é um monstro devorador (bom, nem sempre é), nem é uma criança difícil de fazer comer.

Mas é claro que não foi assim tudo super tranquilo desde o início. É claro que ele estranhou e fechou a boca várias vezes, decidiu que alguns alimentos não come nem com reza braba e teve mega diarreias cada vez que eu introduzia algo novo (acho que isso deve ter durado uns dois meses, mais ou menos).

Mas eu acho que estava tão calejada do sofrimento que foi fazer ele mamar (Refluxo oculto. Outro horror na vida de muitos pais.) que o trabalho para fazer ele comer virou fichinha.

E bom, é claro que, para chegar no ponto que estamos hoje, de uma refeição calma e razoavelmente tranquila, com meu pequeno batendo um pratinho cheio, passamos por várias experiências. E, em cada uma delas, eu fui aprendendo um macetezinho atrás do outro, os quais já compartilhei aqui em vários posts (olhem no final desse texto).

Só que agora faz um bom tempo que não escrevo sobre esse assunto e, esses dias, perdida nos meus devaneios enquanto conduzia uma colher atrás da outra na boquinha do Léo, pensei que seria legal vir aqui passar mais umas coisinhas que aprendi. Espero que sejam útil.

1. Conselho número 1, o mais importante de todos, que não pode ser esquecido jamais: tenha paciência. MUITA PACIÊNCIA. Mas não é se convencer de que está com paciência, é ficar paciente de coração mesmo. Coração e alma, eu diria. Se for o caso, tome um Rivotril (brincadeira, viu!), mas tente ficar calma. Eu sou uma das pessoas mais ansiosas e sem paciência que eu conheço, mas quando vou dar a papinha para o Léo eu já me auto-programei para não ter hora para terminar. Quer dizer… Eu programei um tempo limite e lá fico eu enrolando ele dentro desse tempo limite até ele comer. Na verdade, o Léo come levando em torno de 20 min a meia hora, mas eu sento em frente dele preparada para ficar ali executando aquela tarefa por uma hora. Juro! Me programo mesmo! Só planejo fazer algo uma hora depois e aí, se acabar antes, estou no lucro! Pensar dessa forma me faz ter mais paciência e até ânimo para fazê-lo traçar um garfadinha atrás da outra.

2. Deixe seu pequeno experimentar a comida em todos os sentidos. Isso mesmo, se ele quiser pegar, amassar, se lambuzar, deixe. Claro que não precisa ser sempre e que tudo tem um limite (não vá deixar a criatura enfiar as duas mãozinhas dentro do prato e simular que está lavando um gato, peloamordedeus!), mas deixá-lo sentir a comida ajuda bastante na hora dele aceitar comer. E outra dica super importante para essa hora é: não vista a melhor roupa do pequeno na hora de dar de comer. Coloque uma roupa bem ralé, bem velha, chulepenta mesmo, e que ele possa sujar sim. Pois aí, se isso acontecer (garanto que vai), você também não vai ficar muito estressada (eu também sempre me programo para ter que trocar o Léo depois do almoço. Se não precisar, estou no lucro).

3. Bebês ficam enjoados de ficar ali na cadeirinha comendo (bom, pelo menos o meu), então, encontre alternativas para deixá-lo entretido e até para diverti-lo um pouco. Vários especialistas dizem que hora de comer é hora de comer, que não tem que ter brinquedo, brincadeiras e diversão. Eu, na minha “condiçã” de mãe de oito (opa, é um só, mas me sinto como se fossem oito!) acho que um pouco de diversão é super bem vindo. Veja por você, o que você prefere? Almoçar na companhia de uma criatura mala e carrancuda ou ao lado de um amigo divertido com quem você vai dar boas risadas? É claro que aqui eu não falo de dar de comer na frente da TV, de deixar a criança comer zanzando pelo chão (só se não tiver alternativa mesmo, aí beleza, afinal, deixar morrer de fome não dá né), mas de criar uma atmosfera divertida para a hora da refeição. E como eu faço isso? O Léo sempre come no cadeirão dele. Até na casa da vovó ele come num cadeirão. Então, ele vê o cadeirão e já sabe o que o espera. Aí, eu coloco o babadorzinho, sento na frente dele, e vou dando a comida enquanto converso, canto, mostro os desenhos do pratinho, explico as coisas que estão na volta dele, brinco de pegar o pezinho, faço ele sorrir e por aí vai. Se precisar, recorro sim a algum objeto para ele ir manuseando e se entretendo, enquanto eu o faço comer. Só que, uma coisa que eu costumo fazer, é recorrer a objetos que tenham a ver com a refeição em si. Ou seja, dou um pratinho, um garfinho e alguns copinhos e o deixo colocar um dentro do outro, empilhar, e por aí vai. Dessa forma, fica muito mais leve.

4. A dica quatro é dar liberdade. Sim! Deixar que a criança coma sozinha se ela assim demonstrar que quer fazer. O Léo gosta de pegar com a mão o peixe, o frango e os legumes para colocar na boca. Eu deixo. Depois ele quer tomar a colher da minha mão e comer sozinho. Também deixo, mesmo que caia mais comida nas costas dele que dentro da boca. E quando ele consegue levar o garfinho direitinho para a boca, com um pedaço bem gostoso de leguminho preso lá, eu comemoro com ele e bato palmas. O que o deixa nas alturas! E assim ele vai se envolvendo com a comida de forma positiva e agradável e o processo todo se torna gostoso.

5. Por fim: preste atenção nos alimentos que seu filho mais gosta de comer e os repita sempre que possível (mas sem que isso leve-a a tirar alimentos importantes da dieta dele). Ainda, fique de olho na consistência que ele mais demostra ter prazer em comer. Tem bebê que tem nojo de papinha e só gosta de comidinha mais sólida. Já outros não gostam de nada duro e preferem tudo mais cozidinho e macio (o Léo é assim, gosta de tudo que é em pedacinhos, mas que seja maciozinho de comer). Ficar de olho na consistência, além do sabor, é outra dica de ouro.

Gente, no mais, são essas as dicas e macetes que eu tenho para hoje. Não tem nada de outro mundo, não são soluções milagrosas, mas eu juro que suuuuupppppper ajudam os nossos pequenos e até nós mesmas a encarar essa hora nem sempre fácil com muito mais leveza, esperança e pensamento positivo.

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