Macetes de Mãe

10 coisas importantes que aprendi sobre vacinas

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No dia 09 de junho, que foi o Dia Nacional da Imunização, participei de um evento muito bacana no espaço da Dra. Ana Escobar, no qual tivemos uma verdadeira aula sobre vacinas.

A Dra. Ana Escobar, para quem ainda não sabe (será que alguém não conhece a Dra. Ana? Kkk!) é pediatra, colaboradora do programa Bem-Estar da Rede Globo, autora dos livros da série “Bem vindo, Bebê”, colunista da Revista Crescer, e tem mais uma série de outros tantos títulos e funções que agora não me recordo de cabeça (mas esse breve CV dá uma ideia da importância do trabalho dessa profissional).

Foram mais de duas horas de bate papo (eu transmiti ao vivo, no Insta Stories). E compartilho em resumo aqui as dicas que recebi:

1. O Calendário de Vacinas do Brasil é um dos mais completos do mundo! E as campanhas de vacinação são muito bem conduzidas. Ou seja, não há porque não se vacinar. As vacinas são boas, são gratuitas e são muitas, para garantir que as crianças sejam realmente protegidas contra as principais e mais perigosas doenças.

2. Para ter certeza se a carteirinha de vacinação do filho está em ordem, basta questionar o pediatra da criança ou ir a um posto de saúde (tendo em mãos, claro, a carteirinha de vacina das crianças).

3. Vacinas NÃO causam as doenças que elas foram produzidas para combater (nem outros problemas na criança, como erroneamente algumas pessoas espalham). Então, pais e mães que não vacinam seus filhos por medo deles ficarem doentes (Tem gente que pensa: “Não vou dar a vacina da gripe porque assim meu filho ficará gripado”), podem tirar essa ideia da cabeça. Vacinas são seguras, sim! Pergunte ao seu pediatra se continuar em dúvida.

4. Existem algumas diferenças entre as vacinas aplicadas na rede pública e na rede privada. Mas isso não quer dizer que as vacinas da rede pública não são boas ou não funcionam. As vacinas da rede pública são de excelente qualidade e, na maioria dos casos, são exatamente as mesmas vacinas que são aplicadas na rede privada. O que muda é que algumas dão menos reação e outras tem uma cobertura mais completa (explico isso melhor no fim do post).

5. Se você ainda não tem certeza de que vacinas seu filho precisa tomar e quando, acesse o site da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunização), da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatra) ou da Casa de Vacinas GSK. Lá você encontra TODAS as informações sobre o calendário de vacinação nacional. Os Links diretos são:
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf
http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/19717k-DocCient-Calendario_Vacinacao_2017-maio.pdf
http://www.casadevacinasgsk.com.br/

(sites maravilhosos! Super completo! Salve aí nos seus favoritos).

6. E outro detalhe muito, mas muito importante: adolescentes (idade entre 11 e 19 anos) também devem se vacinar! Não é porque deixaram de ser crianças que os adolescentes estão imunes à doenças. Muito pelo contrário. Por estarem muitas vezes em espaços fechados, com aglomeração e por terem contato via beijo com outras pessoas, é muito importante que os adolescentes mantenham a carteirinha de vacinação em dia. Aqui todas as informações sobre as vacinas que os adolescentes devem tomar: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adolescente.pdf

7. E adulto (20 a 59 anos), também precisa se vacinar? Claro que sim! Há diversas vacinas que são imprescindíveis para os adultos. A mais conhecida é a vacina da gripe – que, inclusive, estamos em pleno período que ela se faz necessária. Mas além dela há diversas outras. Cheque aqui para ver quais são: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adulto.pdf

8. E as gestantes? Que vacinas são importantes para elas? Na verdade, várias! Há pouco tempo fiz um post falando da importância das gestantes tomarem a vacina dTpa (Difteria, Tétano e Coqueluche Acelular) em cada uma das gestações que tiver, mas além dela há outras vacinas que se fazem necessárias: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf

9. E agora, a resposta a uma dúvida muito comum, que várias seguidoras minhas tem e vivem me perguntando em função do Leo já ter tido APLV: a vacina do Rotavirus pode causar APLV (alergia à proteína do leite de vaca)? Segundo a Dra. Ana Escobar, não! A vacina contra o Rotavírus não desencadeia APLV em crianças. Ou seja, ela é totalmente segura e extremamente indicada, já que essa doença é responsável por grande parte das mortes de bebês por desidratação.

10. E, para finalizar, acho importante salientar algo que a Dra. Ana colocou e que eu concordo e defendo totalmente: Não há porque deixar de vacinar nossos filhos por dó, por medo que eles sofram ou sintam dor. As reações que as vacinas podem causar (e digom PODEM porque não necessariamente causam) são dor local e febre (e febre normalmente baixa). Então gente, vamos usar a lógica. O que é melhor: nossos filhos terem um desconforto momentâneo ou um problema sério que pode prejudicá-los pela vida toda? Eu, com toda a certeza desse mundo, fico com a primeira opção. A dor da vacina ou as reações que podem ocorrer nos dias subsequentes são infinitamente menores que o risco de não toma-las.

Então gente, por favor, vamos ficar atentos ao Calendário Nacional de Imunização. Vamos manter a carteirinha de vacinação dos nossos filhos em dia e, quem puder, também converse com o seu pediatra sobre as vacinas importantes que ainda não estão no calendário mas podem já ser encontradas em clínicas privadas (como a ACWY e a Meningo B).

Se tem um bem que podemos fazer aos nossos filhos é cuidar de sua saúde.

PS: como comentei no item 4, segue aqui uma breve explicação sobre as diferenças de algumas vacinas. As que são aplicadas na rede pública e privada (cito as principais):

Vacina pneumocócica conjugada 10 e vacina pneumocócica conjugada 13

As vacinas pneumocócicas conjugadas protegem as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Como pneumonia, meningite e otite média aguda. A pneumocócica conjugada 10 (VPC 10), que está disponível na rede pública de saúde, protege contra 10 tipos de doença, já a pneumocócica conjugada 13 (VPC 13) protege contra 13 tipos diferentes de doença.

Meningocócica conjugada C e Meningocócica conjugada ACWY

Na rede pública temos disponível a vacina meningocócica conjugada C. Já na rede privada encontra-se a a versão ACWY. Ambas previnem meningites, entretanto, a meningocócica conjugada C protege apenas contra o tipo C e a versão ACWY protege contra a meningite C e, ainda, contra os tipos A, W e Y. (Importante: o tipo C é o responsável por 70% dos casos de meningite do Brasil. Entretanto, o tipo W vem aumentando bastante sua participação, e já é a causa de 20% dos casos de meningites no sul do Brasil).

DTPa

Outra informação importante: até pouco tempo, a vacina DTPa (contra Difteria, Tétano e Coqueluxe – no formato acelular, por isso o “a”) não era aplicada na rede pública de saúde, apenas na particular. Na rede pública era aplicada a DTPW (que não era a acelular) E o que isso significava? Significava que as vacinas aplicadas na rede pública eram feitas a partir de células inteiras da bactéria, o que poderia causar mais reações (então muitos pais optavam por dar a vacina DTPa na rede particular, para ter menos reação, já que na rede particular a vacina não era feita com células inteiras, mas apenas com proteínas). Mas agora, para nossa sorte e dos pequenos, isso mudou.

Tanto na rede pública quando na privada, a vacina contra Difteria, Tétano e Coqueluxe, que deve ser dada com 2, 4 e 6 meses e reforço entre 15 e 18 meses e, depois, entre 4 e 5 anos, também está disponível na versão acelular na rede pública. Ou seja, não causa tantas reações em quem a toma.

Quer saber mais informações sobre vacinas? Converse com o seu pediatra ou acesse: SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização) – Calendário de Vacinas. #vacinacaoemdia

Leia também: como aliviar as reações da vacina

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