Tenho uma amiga de longa data (exatos 20 anos) e, toda vez que a gente conversa, fico impressionada com o ânimo que o relacionamento dela mantém mesmo após 18 anos juntos e o nascimento de três filhos (ela tem um filho de 11 anos, uma filha de 7 e agora um menininho um pouco mais novo que o Leo, de 2 anos).
E assim, acabei convidando essa minha amiga para vir aqui no blog contar a receita para tanto romance e paixão mesmo depois de tanto tempo juntos. Porque, vamos ser sinceras, manter o fôlego de lá do início do relacionamento, quando a gente só namorava, não tinha compromissos, filhos e cobrança, é um tanto quanto difícil. Falo por mim e também por todos os relatos que frequentemente recebo de leitoras (sim, não está fácil para ninguém! ahahah!).
E assim está aqui o relato da minha querida amiga Ana, contando para a gente como é que ela faz para manter, depois de 18 anos e 3 filhos, o casamento sempre em alta e o romantismo aceso. Espero que curtam as dicas!
Como manter o romance depois de três filhos
Por Ana Paula Ristow da Silveira
Numa conversa entre amigas de longa data, no zap zap, surgiu o tema: sexo. Bom, não a simples questão do sexo, mas sim o amor, a união, o prazer e a sintonia dos casais depois de tantos anos casados e com filhos (no meu caso, três filhos). E nesse bate papo, a Shi me convidou para dar o meu relato aqui no blog, as demais amigas me deram força para que eu escrevesse o meu relato e aqui estou eu. Um tanto quanto sem saber o que dizer, porque é difícil falar da gente, né, mas tentando passar um pouco do que eu descobri na prática, final, depois de alguns anos de união (14 anos de casada e 18 juntos ao todo) e de 3 filhos, com certeza, há algo a se dizer.
Em primeiro lugar, vou dizer que, sem sombra de dúvidas, sexo é tudo. A sintonia de um casal no sexo não se compara a quase nada nesta vida, na minha opinião. E isso quer dizer que tem que ser bom, para ambos, pois dividir alegria e prazer é imprescindível.
Eu e meu marido nos entendemos bem nesta área e, depois dos filhos, claro, fizemos nossas adaptações. Antes, qualquer hora era hora, mas hoje em dia não rola mais assim. De qualquer forma, a gente sempre dá um jeito, dá nossas fugidinhas, e até no meio da tarde já rolou motel. Porque nessa hora, enquanto os filhos estão na escola ou aos cuidados de alguém, e o maridão também não está trabalhando, é um momento tranquilo, que permite que a gente se divirta sem as preocupações normais de quando se está com os filhos em casa.E quando não rola dessa forma, nós deixamos para a madrugada, com os filhos dormindo, o que também é igualmente bom!
Outra coisa que também não deixamos de lado são as viagens a dois, nem que sejam de dois ou três dias. Eu e meu marido consideramos muito legal esta fugidas sem filhos, pois assim como nós precisamos uma folga deles, eles também curtem uma folga de nós.
O que também tentamos nunca deixar de lado é, de vez em quando, ter os nossos programinhas de época de namoro. Ou seja, sair para encontrar amigos, ir ao cinema, ao teatro, ao motel, como bem já disse. Ou seja, tudo está valendo. O importante é a gente ter momentos a dois para nos divertirmos sem as preocupações normais com os filhos.
E eu também sempre fui muito franca com os meus três filhos (até com o mais novo). Eles são de três idades bem diferentes – 11, 7 e 2 anos – e eu sempre disse para eles que papai e mamãe namoram e saem sozinhos, que eles são importantes, muito importantes, mas que éramos um casal antes deles chegarem. Simples assim.
E outras coisas que eu acho que foram imprescindíveis para manter o romantismo depois de tanto tempo juntos é que a gente sempre tenta manter algumas coisinhas simplesinhas lá do início do relacionamento. Coisas como: ele ainda abre a porta do carro para mim, ainda põe pasta na minha escova de dentes todos os dias, ainda faz questão que eu só ande do lado de dentro da calçada, …. Esses pequenos gestos e mimos que me lembram quase que diariamente de como eu sou amada (agora, aqui, uma confissão: acho que ele faz mais por mim do que eu por ele, mas não vou entrar neste mérito, pois também compenso da minha maneira, e isso nos mantém sempre unidos).
Por fim, outra coisa que eu tenho certeza que faz toda a diferença no nosso relacionamento é que nós aprendemos a dizer “não” um para o outro, sem cobranças e sem julgamentos, apenas dizer “não”: “não, hoje não quero transar”, “hoje eu não estou legal”, “hoje estou cansada e não vou brincar com as crianças”, “hoje eu não quero fazer o jantar e você vai comer uma omelete”. Enfim, dizer tudo isso, mas também deixar claro que amanhã, quando eu acordar bem, vamos ter de novo a transa, vamos sair para jantar, vamos brincar todos juntos e será muito legal.
Para mim, sem sombra de dúvidas, concessões e paciência para um casal são palavras de ordem. E se seguirmos essa receita, a chance de termos um relacionamento mais leve e feliz aumenta muito.
Espero que tenham curtido a minha contribuição. Foram dicas simples, mas garanto que fazem toda a diferença.
Fernando, João Henrique, Maria Fernanda e Luiz Otávio amo vocês!!!!
Um grande beijo, Ana.
Sobre a autora do texto:
Ana Paula tem 34 anos, é casada com o Luiz Fernando e mãe de João Henrique (11 anos), Maria Fernanda (7 anos) e Luiz Otávio (2 anos).